sexta-feira, 5 de novembro de 2010

TUDO COMEÇA NA INFÂNCIA

TUDO COMEÇA NA INFÂNCIA

As crianças têm muito o que aprender na creche

Anderson Moço (novaescola@atleitor.com.br), de São José dos Campos, SP

Em nenhuma outra fase da vida as crianças se desenvolvem tão rapidamente quanto até os 3 anos de idade. Daí a importância de entender como cada atividade ou brincadeira ensina


DESAFIO E EXPERIÊNCIA Ensinar na creche significa permitir que as crianças, ao brincar, explorem objetos e ambientes
Fotos: Nati Canto

Os pequenos recebem cuidado e atenção e têm espaço para explorar, brincar e se conhecer. Em sala, têm à disposição brinquedos e materiais que incentivam a expressão artística e estimulam a imaginação. No parque, se divertem pisando na areia. Mesmo sem saber ler, manuseiam livros. Muitas vezes, nem conseguem falar e já estão "cantando" cantigas de roda e seguindo a coreografia. Assim é o dia das crianças de até 3 anos nas boas creches do país.

Essas atividades compõem os conteúdos desse nível da Educação Básica. O termo é recente nessa etapa do ensino, mas tem se difundido graças às descobertas sobre a evolução cognitiva e emocional dos bebês. "Todas essas experiências que fazem parte da rotina devem ser organizadas em um currículo de forma a proporcionar o desenvolvimento de habilidades, como andar, e a aprendizagem de aspectos culturais, como o hábito da leitura", diz Beatriz Ferraz, consultora em Educação Infantil e coordenadora da Escola de Educadores, em São Paulo. O conhecimento, nessa fase, se dá basicamente por meio da ação, da interação com os colegas e os adultos, da brincadeira, da imaginação e do faz de conta. "Não se trata, portanto, de escolarizar as crianças tão cedo, mas de apoiá-las em seu desenvolvimento", ressalta Beatriz.

Nesta reportagem, você encontra sete atividades realizadas ao longo de um dia por turmas de 1 e 2 anos na IMI Maroca Veneziani, em São José dos Campos, a 97 quilômetros de São Paulo. Elas estão inseridas nos seguintes eixos do currículo (o nome varia conforme a rede, mas a essência é a mesma):

1. Exploração dos Objetos e Brincadeiras
2. Linguagem Oral e Comunicação
3. Desafios Corporais
4. Exploração do Ambiente
5. Identidade e Autonomia
6. Exploração e Linguagem Plástica
7. Linguagem Musical e Expressão Corporal
 

1. Conhecimento pela imaginação (Eixo: Exploração dos Objetos e Brincadeiras)


O DIA COMEÇA COM O FAZ DE CONTA Logo após serem recebidas com muita atenção, as crianças podem circular pela sala e escolher em que canto brincar e com quem. No jogo de faz de conta, a professora interage com elas e estimula a brincadeira: "Ah, vocês estão cozinhando? O que vão preparar? Está com uma cara ótima! Dá um pouco pra sua amiga". A comunicação, oral e gestual, é constante.


O eixo Exploração dos Objetos e Brincadeiras se baseia na ideia de que brincando a criança desenvolve a capacidade de imaginar, se insere na cultura e na sociedade e aprende a viver em grupo. Sozinha ou com os amigos, ela usa todos os recursos de que dispõe para explorar o mundo, ampliar sua percepção sobre ele (e sobre si mesma), organizar o pensamento e trabalhar com afetos e sentimentos. Isso tudo ocorre num grau ainda maior quando o brincar envolve o chamado faz de conta.

- Como o bebê aprende com isso Por meio do jogo simbólico, a criança passa a dar diferentes significados a um único objeto. "Um pedaço de pau pode ser uma bengala ou uma boneca que se embala. Os adultos fazem o mesmo: interpretam fatos ou objetos de diferentes formas", explica Maria Clotilde Rossetti-Ferreira, coordenadora do Centro de Investigações sobre Desenvolvimento Humano e Educação Infantil (Cindedi), da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto. O faz de conta é o primeiro contato da criança com as regras e com o papel de cada um, aprendizado fundamental para a vida em sociedade. A imaginação tem ainda uma função importante na regulação das próprias emoções e das ações. Aqueles que tiveram tolhida na infância a possibilidade de imaginar, em geral, apresentam a dificuldade de controlar os impulsos na vida adulta. "A imaginação é um jeito de concretizar um pensamento sem a necessidade da ação. Eu posso querer bater em alguém, mas sei controlar esse impulso e não preciso agir", explica Clotilde.

- Outras aprendizagens A brincadeira e o faz de conta são meios também de desenvolver a linguagem. Imaginando, a criança se comunica, constrói histórias e expressa vontades. "Ao se relacionar com os colegas, coloca-se no lugar do outro, reforçando sua identidade", ressalta Maria Ângela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Estudos do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

- Base teórica De acordo com o médico e psicanalista inglês Donald Winnicott (1896-1971), a liberdade que o brincar proporciona é fundamental para o desenvolvimento da criança por levá-la a conciliar o mundo objetivo e a imaginação. É dele também a ideia de relação entre a ausência de brincadeiras na infância e os problemas emocionais.

2. Contato com a escrita (Eixo: Linguagem Oral e Comunicação)
LIVROS PARA VER, FOLHEAR E "COMER" No cantinho da leitura, em uma prateleira ao alcance das crianças, ficam expostos os livros. Elas escolhem alguns e se sentam no chão para folheá-los ou mesmo levá-los à boca. Um bebê entrega um livro à professora, que pergunta: "Ah, você quer que eu leia?" Os pequenos, então, passam a prestar atenção na leitura feita por ela, que mostra as ilustrações e as comenta.

Dentro do eixo Linguagem Oral e Comunicação, são trabalhadas questões relativas aos meios de expressão. As crianças que vivem num ambiente rico em interações aprendem a demonstrar desejos, sentimentos e necessidades. O processo se inicia com gestos e balbucios e se intensifica nas situações coletivas. O mesmo ocorre com a escrita: para atribuir sentido a essa prática, os pequenos têm de tomar contato com ela.

- Como o bebê aprende com isso Hoje se sabe que a evolução da comunicação não se dá de forma espontânea nem está relacionada à genética e à hereditariedade. Participar de diferentes formas sociais de comunicação tem um papel fundamental nessa aprendizagem. E aí a creche é rica: os bebês brincam, conversam com o professor, ouvem histórias e a descrição do que o adulto está fazendo, por exemplo, enquanto se troca a fralda. Com a linguagem escrita, o caminho é o mesmo. As crianças inseridas em sociedades que têm esse recurso como um forte elemento de comunicação começam a se interessar por ele bem mais cedo. Ninguém espera que as de 2 ou 3 anos memorizem ou rabisquem letras, mas o contato com adultos que escrevem regularmente e leem para elas e para si mesmos aumenta o interesse e o desejo de dominar a língua escrita. "Participar de atividades de comunicação e leitura interessantes, respeitado o nível de desenvolvimento, vai ajudar os pequenos quando chegarem à alfabetização", explica Maria Ângela.

- Outras aprendizagens O contato com os livros pode desenvolver a linguagem plástica se o professor chamar a atenção para diferentes estilos de ilustração. "O conteúdo das obras também amplia a exploração do ambiente ao trazer informações distantes do meio em que vive a turma", diz Maria Ângela.

- Base teórica Para o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934), a criança só desenvolve a fala no contato com os mais velhos. A psicolinguista argentina Emilia Ferreiro afirma que elas, mesmo não alfabetizadas, devem ter contato com a linguagem escrita.


3. Domínio do corpo e destreza (Eixo: Desafios Corporais)


BALANÇA, PULA, ENTRA E SAI, SOBE E DESCE... Uma área externa preparada para propiciar diferentes formas de movimento aguarda os bebês. A professora espalha cavalinhos de balanço e bolas para eles brincarem. As educadoras ficam de olho na turma e a estimula a brincar. Os meninos montam no cavalinho e elas desafiam: "Agora balança! Pra frente e pra trás! Quer ajuda? Consegue sair? Muito bom! Você consegue sozinho!"

O eixo Desafios Corporais trata de parte importante da experiência humana e da cultura. O movimento pode ser visto como um meio de expressão e está relacionado à significação de si, do outro e do mundo. O sentido que os bebês atribuem a si próprios como pessoas independentes está fortemente ligado ao desenvolvimento da capacidade de controlar suas ações motoras, de manipular objetos e de se deslocar.

- Como o bebê aprende com isso Quando as crianças têm espaço e liberdade para se movimentar, aprendem a medir sua força e seus limites. Elas se exercitam até que o domínio da ação as impele ao próximo desafio, como se dissessem: "Já sei andar. Vou ver se corro". Nos primeiros anos de vida, ocorrem grandes mudanças em relação a tudo o que se refere à capacidade de movimento. O bebê passa de uma situação de dependência para uma de certo controle, do movimento descoordenado à coordenação quase total. "Tudo isso se dá por meio de brincadeiras simples, como se movimentar num cavalinho de balanço", explica Beatriz Ferraz. Por volta do primeiro ano de vida, a criança começa a construir uma representação do próprio corpo, dos seus segmentos e de suas possibilidades e limitações. Esse esquema corporal é criado com base em experiências cognitivas, verbais, motoras ou relacionadas a sensações. Os conceitos de organização espacial também se formam nessa fase por meio do contato com as expressões que os adultos usam para indicar a localização do bebê (dentro, fora etc.). Com o tempo, eles são interiorizados e dão início à construção das ideias sobre o espaço e o tempo (em cima, embaixo, amanhã, depois etc.). O movimento e a fala dos educadores são responsáveis ainda pela aquisição das noções de duração, sucessão e ritmo.

- Outras aprendizagens O movimento, por si só, é uma das primeiras conquistas da criança rumo à autonomia e à formação da identidade. Já as experiências relativas ao espaço e ao tempo garantem que ela se aproxime de noções de Matemática e de conceitos-chave para a exploração do ambiente.

- Base teórica Segundo as ideias do psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962), o movimento é a base da comunicação dos pequenos. A motricidade, portanto, tem um caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto como por sua representação.

4. O mundo todo para conhecer (Eixo: Exploração do Ambiente)
UMA DESCOBERTA EM CADA CANTO DO JARDIM Um gramado com diferentes tipos de planta e um grande tanque de areia são convites à exploração. As crianças se espalham e são incentivadas a descobrir mais sobre o ambiente que as rodeia. Uma menina avista uma formiga, se abaixa e tenta pegá-la. O inseto foge e ela sorri. Logo depois, corre pela grama, se agacha e tira folhas do chão. Ela olha para a professora, que comemora o feito.

Os bebês têm necessidade de agir e aprender sobre o que os rodeia. É sobre isso que discorre o eixo Exploração do Ambiente. Para tanto, eles utilizam olhos, nariz, ouvidos, boca, mãos e pés. Observam pessoas ou objetos em movimento, sentem a temperatura das coisas, ficam atentos a uma voz e põem na boca tudo o que conseguem agarrar.

- Como o bebê aprende com isso Por meio da exploração, da curiosidade, da observação e dos questionamentos que fazem aos adultos, as crianças buscam entender o como e o porquê dos fenômenos da natureza e da sociedade. Segurando, mordendo, batendo e carregando objetos e materiais, elas começam a perceber que eles existem independentemente de suas ações. Essas coisas podem estar isoladas ou em grupos, ter tamanhos variados e aparecer em diferentes quantidades. À medida que vão trabalhando com isso, os pequenos adquirem informações sobre o mundo e constroem a gênese do conhecimento sobre as características dos objetos, da natureza e do espaço que os cercam. Isso pode se dar por meio da tentativa de calçar um sapato, colocar uma caixa maior dentro de outra menor ou ainda pela observação de um aquário montado na sala. "Na interação com as situações e com parceiros mais experientes que os façam refletir, os bebês são apresentados ao mundo e aos poucos conceitualizam a vida à sua volta", ressalta Maria Ângela.

- Outras aprendizagens A possibilidade de explorar um espaço, se movimentando por locais em que haja obstáculos planejados e em diferentes tipos de solo propicia desafios motores. As conquistas e descobertas feitas nessa etapa e a oportunidade de escolher também permitem que a criança construa sua autonomia.

- Base teórica Segundo o cientista suíço Jean Piaget (1896-1980), há quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo. O primeiro é o sensório-motor, que vai até os 2 anos. Nessa fase, o conhecimento se constrói por meio do movimento e dos sentidos. Para conhecer o mundo, as crianças utilizam tudo o que sabem fazer: pegar, soltar, colocar na boca, sentir com as mãos etc.

5. A construção da independência (Eixo: Identidade e Autonomia)



AJUDA NA HORA DE COMER SÓ PARA QUEM PRECISA O refeitório é amplo e organizado. As crianças menores se sentam em cadeirões e são alimentadas pelas assistentes, que conversam com elas. "Quer comer sozinha? Tente pegar a colher. Isso! Agora ponha na boca." Os que já têm essa habilidade se sentam à mesa de tamanho adequado à faixa etária. A professora serve o prato e apenas estimula todos a comer.

A capacidade de se perceber como pessoa que vai se tornando independente ao receber os estímulos devidos é o tema do eixo Identidade e Autonomia. Um bom desenvolvimento psicomotor, cognitivo e linguístico está intimamente ligado à progressiva construção da personalidade e das capacidades de se relacionar e se comunicar com as outras pessoas - o que se dá durante toda a evolução da criança. Nos primeiros meses de vida, ela e o mundo são a mesma coisa. Na interação com colegas e adultos, tudo muda de figura.


- Como o bebê aprende com isso Num ambiente desafiador e que possibilita interações adequadas, desde muito cedo a criança age com crescente independência. Ela aponta para pessoas ou coisas de que gosta e decide o que vai explorar. Ao tomar decisões e fazer escolhas, ganha um sentido de controle e eficácia pessoal, como se dissesse: "Sou alguém que consegue fazer isso". Essa sensação é proporcionada ao permitir que se alimentem sozinhos, por exemplo. "Eles devem realizar várias tarefas por conta própria, mas isso não quer dizer largá-los à própria sorte", afirma Maria Ângela. "Ao contrário, é preciso intervir sempre que necessário e ajudá-los a entender como se faz determinada coisa." À medida que o ambiente os encoraja a ser independentes, eles também têm de se proteger contra experiências que causem vergonha - como não conseguir fazer algo sozinhos na primeira tentativa. Nesse ponto, a formação de fortes laços emocionais com a mãe e o educador é essencial. Apoio e incentivo são muito mais eficazes para eles do que críticas e restrições.


- Outras aprendizagens Ao terem a oportunidade de interagir, os bebês aprendem a se relacionar com o outro. Os possíveis conflitos gerados nessas situações são um ótimo meio de aquisição da linguagem verbal, desde que bem mediados pelo professor. Já quando realizam uma atividade sozinhos, como almoçar, o estimulo à observação dos alimentos proporciona conhecer os hábitos culturais de onde vivem.


- Base teórica Para Vygotsky, o homem é dialógico por natureza: precisa dos semelhantes para existir, ser e viver. "Na ausência do outro, o homem não se constrói homem", escreveu o psicólogo. A identidade e a autonomia, de acordo com ele, estão intimamente ligadas às relações estabelecidas com o grupo.


6. Expressão e percepção visual (Eixo: Exploração e Linguagem Plástica)
RABISCOS DE CORES E FORMAS VARIADAS: É ARTE A educadora pega os potes com canetas hidrocor. É hora do desenho. Ela distribui cartolinas e espalha as canetinhas pelo chão. Os bebês escolhem a cor que querem e começam a desenhar. A caneta desliza pela folha e logo depois vai para a boca. A professora, sempre de olho, mostra aprovação sobre o trabalho dos pequenos. "Mas que beleza! Está bonito demais isso."

Arte, nessa fase, remete à apropriação de diversas linguagens que formam a expressividade humana. Esse é o mote do eixoExploração e Linguagem Plástica. Trabalhar o tema com os pequenos significa incentivá-los a deixar suas marcas, e não produzir obras de arte. Simples rabiscos os encantam.

- Como o bebê aprende com isso Num primeiro momento, os bebês produzem riscos, pontos e círculos aleatórios, sem uma forma aparentemente definida. "A primeira relação da meninada com o desenho se dá, de fato, pelo movimento: o prazer de produzir um traço sobre o papel", conta Maria Clotilde. Com o tempo, e após várias experiências com materiais, suportes e técnicas diferentes, as formas se tornam mais definidas e próximas da realidade. Assim, as crianças expandem suas capacidades nessa área. É por meio dos desenhos que, paulatinamente, elas passam a ter controle para fazer linhas abertas, fechadas, compridas, curtas e pontilhadas (inclusiveO desenho e o desenvolvimento das crianças, entendendo o que isso tudo quer dizer). Com o uso de materiais como massa de modelar, aprendem a moldar, bater, enrolar e puxar. As tintas são espalhadas no papel com pincéis, esponjas e até com as mãos. "Dessa forma, desenvolvem-se a expressão artística, a curiosidade e a criatividade e se constroem os fundamentos das linguagens visuais, como ritmo, contraste, tamanho e cor", explica Maria Clotilde.

- Outras aprendizagens Por trabalhar com a expressividade, as atividades artísticas são importantes no desenvolvimento da identidade e da autonomia ("Este é o meu desenho! Aqui está meu irmão."). Elas são ainda um meio de controle motor, de compreensão do espaço e de desenvolvimento da imaginação (fundamental para a condição humana e relacionada ao brincar).

- Base teórica Para a pesquisadora norte-americana Rhoda Kellogg, o desenho se desenvolve com base nas observações que a criança realiza sobre suas produções gráficas. Por isso, são tão importantes as atividades com variados suportes e instrumentos de expressão


7. Produtores de música (Eixo: Linguagem Musical e Expressão Corporal)
BATUQUES, PALMAS E CANÇÕES FAZEM UM SHOW DE RITMOS A professora chama a turma para um cantinho repleto de instrumentos musicais. Os pequenos ainda não sabem falar, mas acompanham, do seu jeito, a música cantada por ela. Batem palmas e, ao fim de cada verso, soltam um som parecido com a letra. Uma criança pega um chocalho e tenta acompanhar. Outra pega um bumbo e bate animada, como se, sozinha, pudesse ditar o ritmo.


Desde antes do nascimento, as crianças estão imersas num mundo repleto de sons e são capazes de reagir a eles. Quando nascem, conseguem distinguir a voz humana e, nos primeiros meses de vida, se encantam com músicas associadas a gestos. Mesmo sem saber falar corretamente ou andar, elas tentam seguir os movimentos com as mãos. São essas capacidades o foco do eixo Linguagem Musical e Expressão Corporal.

- Como o bebê aprende com isso A linguagem musical está presente em todos os momentos da vida e atua como um elo entre as gerações de uma mesma família e entre membros da comunidade. "Fornecer um repertório amplo de ritmos e sons é garantir o acesso à cultura", ressalta Beatriz Ferraz. Cantar cantigas, dançar em roda, acompanhar a música com palmas e saber o nome e os sons de vários instrumentos são alguns dos conteúdos trabalhados na creche. As crianças costumam descobrir fontes sonoras surpreendentes ao bater, sacudir ou empurrar objetos à sua volta, assim como quando utilizam instrumentos sonoros simples. A atividade é ainda mais proveitosa quando o professor as estimula: "Escutem que som legal ele faz quando agita o chocalho".

- Outras aprendizagens O trabalho com ritmos tem uma importante relação com atividades de movimento. As músicas são ainda uma ferramenta para a aquisição da linguagem verbal.

- Base teórica 
Para o cientista norte-americano Howard Gardner, o homem é dotado de múltiplas inteligências, dentre elas a musical e a físico-cinestésica. O que nos leva a desenvolver capacidades inatas são a Educação que recebemos e as oportunidades que encontramos. Por isso, é papel da escola trabalhar com os sons, a música e a dança - fontes de conexão cultural.




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Como acompanhar o dia a dia do seu filho na creche ou na pré-escola

1. Aspectos que os familiares podem verificar diretamente na creche ou na pré-escola


• A instituição tem autorização de funcionamento expedida pela Secretaria Municipal de Educação?
• O alvará sanitário está afixado em lugar visível?
• A instituição tem proposta pedagógica em forma de documento?
• Reuniões e entrevistas com familiares são realizadas em horários adequados à participação das famílias?
• Há reuniões com familiares pelo menos três vezes por ano?
• Os familiares recebem relatórios sobre as vivências, produções e aprendizagens pelo menos duas vezes ao ano?
• A instituição permite a entrada dos familiares em qualquer horário?
• Existe local adequado para receber os pais ou familiares? E para aleitamento materno?
• As professoras têm, no mínimo, a formação em nível médio, Magistério?
• Há no mínimo uma professora para cada agrupamento de:
• 6 a 8 crianças de 0 a 2 anos?
• 15 crianças de 3 anos?
• 20 crianças de 4 até 6 anos?
• As salas de atividades e demais ambientes internos e externos são agradáveis, limpos, ventilados e tranquilos, com acústica que permite uma boa comunicação?
• O lixo é retirado diariamente dos ambientes internos e externos?
• A instituição protege todos os pontos potencialmente perigosos do prédio para garantir a circulação segura das crianças e evitar acidentes?
• A instituição tem procedimentos preestabelecidos que devem ser tomados em caso de acidentes?


2. O que os familiares podem verificar com a criança sobre o atendimento na educação infantil


• Pergunte qual é o nome das professoras e de outros funcionários.
• Pergunte o nome dos amiguinhos mais próximos.
• Pergunte à criança o que ela mais gostou de fazer naquele dia.
• Incentive à criança a contar e a narrar situações vividas na instituição:
• que músicas cantou ou ouviu;
• quais brincadeiras aconteceram;
• que pinturas, desenhos, esculturas ela fez;
• qual livro a professora leu;
• que história a professora contou;
• o que ela está aprendendo, entre outras.


3. O que os familiares podem observar diretamente na criança sobre o atendimento na educação infantil


• Observe o comportamento da criança quando ela chega na instituição (alegria, timidez ou choro).
• Observe diária e atentamente enquanto estiver conversando com a criança, seu olhar, seus gestos, sua fala suas reações podem ajudar a avaliar o estado físico e emocional.
• Observe as reações da criança ao ver seus colegas, isso pode demonstrar como está a relação com a turma.
• Observe as produções e o material que ela traz da instituição.
Palavras-chave: Recomendações para os pais, acompanhamento dos alunos da educação infantil, acompanhamento dos alunos da creche


Artigo retirado: http://portal.mec.gov.br

sábado, 16 de outubro de 2010

A importância da exibição do desenho das crianças na escola.

A criança necessita desenhar, por meio do desenho ela consegue imitar e representar a sua realidade.

“Imitar um modelo constitui a essência da aprendizagem por observação, é essa a forma de aquisição de novos comportamentos”. (NETTO, 1987, p. 35).

A imitação pode ocorrer através de gestos ou também por comportamentos lúdicos, com os quais a criança consegue trazer fatos já observados. Para ela é mais fácil mostrar o que está pensando através de desenhos, construção de objetos, do que usar o pensamento.

“Como a criança tende espontaneamente a desenhar, é evidente que não se deve impor-lhe nem a visão nem a técnica do adulto. Isto não significa que se deva abandoná-la a si mesma.” (PORCHER, 1982, p. 101).

Pesquisando pela net encontrei essa reportagem na Nova Escola e resolvi compartilhar com vocês. Espero que esclareça melhor o que estou apresentando a vocês:


 



Assim não dá! Não exibir os desenhos das crianças na escola

Ronaldo Nunes (novaescola@atleitor.com.br). Com reportagem de Elisa Meirelles, Pablo Assolini e Rita Trevisan



Na tentativa de criar um ambiente familiar para a meninada, muitas escolas de Educação Infantil optam por enfeitar as paredes com personagens de desenho animado e cenas de contos de fadas. A iniciativa, por mais bem intencionada que seja, não dá às crianças a chance de interagir com o espaço e pode acabar reforçando estereótipos. A escola que faz uma decoração com imagens desse tipo acaba mostrando aos pequenos que não quer que eles marquem o ambiente em que trabalha com produções próprias. 
Além disso, os personagens escolhidos nem sempre são familiares a todos. Muitos desenhos representam mais a visão que o adulto tem dos interesses infantis do que o universo em que a meninada vive.

Em vez de pendurar em murais e varais exclusivamente as produções dos adultos, é mais interessante usá-los como espaço de reversibilidade, capaz de abrigar diferentes produções dos pequenos ao longo do ano, de acordo com o plano de trabalho desenvolvido pelo professor.

Com isso, eles se veem naquele espaço, se identificam com o ambiente e podem perceber e comentar as semelhanças e diferenças entre seus trabalhos e os dos colegas.

Ao participar do local em que passam boa parte do dia, os alunos entendem que a escola se interessa pelo aprendizado e valoriza o esforço de cada um. É uma ótima maneira de dar aos pequenos um ambiente familiar, em que se sintam, de fato, acolhidos e prestigiados.

Consultoria Maria Paula Zurawski, mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), professora titular do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, de São Paulo, SP.


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dia da Criança, vamos resgatar brincadeiras antigas?

Antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje e, por isso, tinham que usar mais a criatividade para criá-los.
Usavam tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além das brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, empinar pipa dentre várias outras e assim, se divertiram por décadas e décadas.
Com os avanços da modernidade, a tecnologia trouxe brinquedos que não exigem a criatividade das crianças, pois elas já encontram tudo pronto.
Uma boa sugestão para o dia das crianças é a família fazer um levantamento das brincadeiras do tempo de seus pais e de seus avós, aproveitando para distraírem com seus filhos, ensinando-os outras formas de diversão e das possibilidades de se criar jogos e brincadeiras. O mais importante disso? Ensiná-los que pra brincar não precisamos gastar.
Assim, apresentamos aqui algumas sugestões de jogos e brincadeiras antigas. 

- Cinco Marias: essa brincadeira constitui em, primeiramente, procurar cinco pedrinhas que tenham tamanho aproximado ou confeccionar saquinhos e recheá-los com arroz ou areia. Primeira rodada: Jogue todas as pedrinhas no chão e tire uma delas (normalmente se tira a pedrinha que está mais próxima de outra). Depois, com a mesma mão, jogue-a para o alto e pegue uma das que ficaram no chão. Faça a mesma coisa até pegar todas as pedrinhas. Segunda rodada: jogue as cinco pedrinhas no chão, depois tire uma e jogue-a para o alto, porém desta vez pega-se duas pedrinhas de uma vez, mais a que foi jogada para o alto. Repita. Terceira rodada: cinco pedrinhas no chão, tira-se uma e joga-se para o alto pegando desta vez três pedrinhas e depois a que foi jogada. Última rodada: joga-se a pedrinha para o alto e pega-se todas as que ficaram no chão.




- Roda: em roda, cantem canções antigas e façam os gestos e representações das mesmas. Lembramos de algumas músicas como atirei o pau no gato, ciranda-cirandinha, a linda rosa juvenil, a galinha do vizinho, a canoa virou, eu entrei na roda, cachorrinho está latindo, o meu chapéu tem três pontas, pai Francisco, pirulito que bate bate, samba lelê, se esta rua fosse minha, serra serra serrador, etc.
- Escravos de Jó: dois participantes cantam a música “escravos de jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá”. Cada um com uma pedrinha na mão vai trocando-as e fazendo o que diz a música.
- Amarelinha: risca-se a amarelinha no chão, de 1 a 10, fazendo no último número um arco para representar o céu. Pula-se com um pé só, dentro de cada quadrado.
- Pião: um pião de madeira enrolado num barbante. Puxa-se a ponta do barbante e este sai rodopiando. A grande diversão é observar o pião rodando.
- Passar anel: os participantes ficam com as mãos juntas e um deles com um anel escondido. A pessoa que está com o anel vai passando suas mãos dentro das mãos dos outros participantes até escolher um deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano, com quem está o anel?” e a pessoa escolhida deve acertar.
- Pula corda: duas pessoas batem a corda e outra pula. Durante a execução da brincadeira os batedores vão cantando “um dia um homem bateu na minha porta e disse assim: senhora, senhora põe a mão no chão; senhora, senhora pule de um pé só; senhora, senhora dê uma rodadinha e vá pro meio da rua”. Ao final, o pulador deve sair da corda sem errar.
- Bolinha de gude: essa brincadeira tem várias formas de se jogar, como box, triângulo, barca e jogo do papão, onde os participantes devem percorrer determinados caminhos, batendo uma bolinha na outra e, ao final, acertar as caçapas.
- Empinando pipa: escolha um local adequado e amplo, onde não tenha fios de energia elétrica. A pipa vai subindo com o vento e os participantes ficam observando-a ao longe. Algumas pessoas usam cerol, uma mistura de cola com caco de vidro, para cortar os fios das outras pipas. Porém, a brincadeira dessa forma torna-se perigosa, podendo causar acidentes graves. Assim, use-a apenas para se divertir evitando usar o cerol, mesmo que alguém lhe dê o preparado.
- Batata quente: os participantes sentam-se em círculo e uma pessoa fica de fora. Vão passando uma bola, bem rápido, de mão em mão e o que está de fora, de costas para o grupo, grita “batata quente, quente, quente, ..., queimou!”. Quem estiver com a bola quando o colega disser ‘queimou’, é eliminado da brincadeira. O vencedor será aquele que não for eliminado.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mais um artigo encontrado na Nova Escola (0 a 3 anos)

Como trabalhar textos informativos na creche

Ensine os pequenos a pesquisar utilizando gêneros informativos e aplicando os procedimentos de ler para saber mais sobre determinado assunto

Ana Rita Martins (ana.martins@abril.com.br)

PRIMEIRO CONTATO  Na CEI Aloísio
de Menezes Greenhalgh, a turma folheia
os livros mesmo sem saber ler

Quando chega a hora de colocar os pequenos para pesquisar, a primeira preocupação que vem à mente é com qual tema trabalhar. Nesse momento, priorize aquilo que encanta as crianças, como os animais, o sistema solar e os alimentos. Mas não gaste tanto tempo nessa etapa. Embora a escolha seja uma parte importante do processo, o assunto a ser investigado, independentemente de qual seja, deve estar sempre a serviço de um propósito: fazer as crianças colocarem em ação procedimentos específicos da leitura que tem como objetivo aprender mais sobre determinado assunot. Isso inclui selecionar fontes, fazer a leitura em busca de dados, associar as informações das imagens ao que está no texto, registrar e apresentar o que foi encontrado - ainda que, por serem pequenos, tenham um grande apoio seu durante todo o percurso. 







Uma excelente forma de levar a turma a vivenciar esses passos é trabalhar com os textos informativos. Diretos, com informações científicas ou dados que expliquem ou desenvolvam um tema, eles dão às crianças a oportunidade de aprender sobre qualquer assunto pelo qual se interessam (leia a sequência didática). Além de serem a base para a pesquisa, os textos informativos ainda trazem para a turma da creche outro propósito social: ler para saber mais, o que é bem diferente das atividades com os contos de fada ou as fábulas, mais corriqueiras na rotina.



Gostou? Quer saber mais? 

Lá você encontrará muita coisa sobre Creche.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pesquisando pela web

 Encontrei esse artigo no site da Nova Escola e resolvi compatilhar com vocês:

Como criar jogos de alvo com os alunos da pré-escola

Para criar seus próprios jogos de alvo, as crianças precisam saber planejar, escolher os materiais utilizados e discutir as normas da partida


HORA DE COMPETIR  Na Creche Idalina Ochôa, o jogo de boliche é especial: ele tem a mão da turma em tudo
Jogos são essenciais na Educação Infantil por desenvolverem a autonomia e a sociabilidade dos pequenos. A atividade faz com que eles se relacionem uns com os outros e aprendam a esperar a vez e cumprir regras. E tão importante quanto jogar é o professor propor a criação dessas brincadeiras pela garotada, o que inclui trabalhar nas regras, nas peças, no suporte e no acabamento, escolhendo como revestir ou pintar. Com isso, você ajuda a turma a desenvolver várias habilidades, como tomar decisões e exercitar a imaginação, com a vantagem de aprimorar a coordenação motora e a capacidade de transformar objetos. "As crianças conseguem inventar materiais desafiadores, apropriados à sua inteligência. Como gostam de ficar mentalmente ativas, elas não continuam jogos que se tornam muito fáceis ou não funcionam", escreve a pesquisadora norte-americana Constance Kamii no livro Jogos em Grupo na Educação Infantil
















Além de divertidas, essas situações são proveitosas quando feitas com a intencionalidade do educador. Por isso, tenha claro: qual é o seu objetivo? O que as crianças vão aprender? Quais encaminhamentos devem ser feitos? É necessário preparar materiais? 

Para as crianças aprenderem a elaborar jogos, inicialmente precisam ter contato com eles. Uma opção interessante são os jogos de alvo, como boliche, bilhar, bola de gude e argola. Eles favorecem a estruturação do espaço, já que exigem conseguir acertar a mira ajustando a força à distância. Se a opção for outros jogos em grupo, como os de esconder, de corrida, de perseguição, de descoberta, de cartas ou de tabuleiro, apresente outras referências. Sabendo das diferentes possibilidades, os pequenos prestam atenção em como funcionam, o que é mais desafiador ou mais agrada, e utilizam essas ideias no momento da construção de seus novos jogos.

Passo a passo para ensinar as crianças a criar jogos
PREPARO DO MATERIAL
Escolher as cores, decidir a quantidade de água e fabricar a bola é função de professor e crianças

Um bom trabalho exige materiais variados: tampinhas de garrafa, papelão, botões, fita crepe, bolinhas de gude ou borracha, barbante, elástico, cola, arame, tesoura, tinta, giz de cera, sementes, retalhos de madeira, adesivos e pedrinhas são só algumas das opções. Tendo os itens selecionados, prepare o ambiente de trabalho: organize-os em caixas e deixe-os ao alcance dos pequenos. 









Em seguida, peça que os participantes façam um esboço com papel e lápis do jogo que desejam construir e apresentem suas ideias aos colegas. A intenção é que pensem nos prós e contras daquilo que projetaram para alcançar um resultado melhor. Fique atento para dar voz aos que tenham dificuldade de se impor. "As contribuições talvez sejam caóticas por alguns instantes, mas o professor pode aprimorá-las", diz Adriana Klisys, diretora da empresa de consultoria em Educação Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo. Outra etapa essencial do trabalho é a elaboração das regras. Elas podem ser criadas aos poucos, durante as discussões, já que são o resultado de uma construção permanente.












Na turma de Cristiane Ferreira da Silva, da Creche Idalina Ochôa, em Florianópolis, as crianças de 5 anos tiveram de quebrar a cabeça para fazer um jogo de boliche. Para deixá-lo bonito e funcional, elas preencheram garrafas plásticas de refrigerante com água e guache. Para fabricar a bola, usaram jornal, cola e fita adesiva. "Quando tudo estava pronto, tivemos uma surpresa: as garrafas pesavam demais e a bola não conseguia derrubá-las", conta Cristiane. Começaram inúmeros testes, enchendo e esvaziando garrafas, diminuindo a distância entre o participante e o alvo e aumentando o peso da bola. E o jogo, enfim, deu certo. A garrafa foi preenchida até a metade, a bola de jornal foi recheada com uma pedra e pronto: com um pouco de mira, os pinos foram derrubados e as crianças se alvoroçaram. O planejamento da professora precisou incluir também o tempo gasto com o acabamento: as crianças adoram essa etapa e é ótimo que deixem o jogo atraente e imprimam uma marca autoral. Elas se sentem protagonistas do trabalho e reconhecem os cuidados que tiveram. Para Adriana, as crianças passam a se enxergar produtoras de cultura, e não meramente consumidoras. "Se até poucos anos atrás era comum os pequenos fabricarem seus próprios brinquedos, hoje não é. Embora existam muita variedade e opções à venda com preços acessíveis, o comprar e o criar podem andar juntos", diz a especialista.

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CONTATOS 
Adriana Klisys
Creche Idalina Ochôa, tel. (48) 3236-2646


BIBLIOGRAFIA
Ciência, Arte, Jogo: Projetos e Atividades Lúdicas na Educação Infantil
, Adriana Klisys, 160 págs.,
Ed. Peirópolis, tel. (11) 3816-0699, 46 reais
Jogos em Grupo na Educação Infantil, Constance Kamii e Rheta DeVries, 385 págs., Ed. Artmed,
tel. 0800-703-3444, 66 reais


Reportagem sugerida por 1 leitora: Patricia da Silva Gomes Souza, São Paulo, SP